domingo, 31 de outubro de 2010

Dieta de sete dias para equilibrar os sete chackras

Normalmente, devido o corre-corre do dia-a-dia, nos alimentamos e dormimos mal. O acúmulo de tensão nos acarreta estresse que, conseqüentemente, causa todo o desequilíbrio em nossos chackras.


Dieta que deve ser feita, pelo menos uma vez por mês


1º dia: Evite tomar refrigerantes, café e sucos artificiais. Não coma carne vermelha nem alimentos temperados com alho, cebola, vinagre e pimenta.

2º dia: Repita o mesmo do 1º dia.

3º dia: Evite comer doces, principalmente, chocolate. Não tome refrigerante nem café. Alimente- se com arroz integral, verduras e legumes.

4º dia: Evite comer pães e massas. Alimente-se com frutas, banana, maçã, mamão e pêra.

5º dia: Evite fumar e ficar em ambientes fechados. Beba bastante água. Ao se alimentar, mastigue os alimentos bem devagar. Inclua mel na sua alimentação. Logo pela manhã, ao acordar, tome uma colher de mel puro.

6º dia: Evite comer carnes e ovos. Tire o sal da sua alimentação. Coma muitas frutas. Faça exercícios respiratórios, caminhe ao ar livre, onde tenha bastante verde. Tome água em abundância, desde o seu levantar até ao se deitar.

7º dia: Tome três copos de água, em jejum. Faça caminhada, logo pela manhã. Não beba e não fume.


Do livro: A MAGIA DAS ENERGIAS no dia-a-dia - Um guia angelical para uma vida melhor, Angela Marcondes Jabor, Ascend Editora. (4ª edição)
Obs: O livro encontra-se em revisão para nova publicação.

Sempre podemos fazer escolhas!
A opção é de cada um, podemos viver uma vida infeliz,
como também podemos optar pra sermos felizes.




sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Mensagem do Anjo da Guarda

Amado ser, obrigado, por ter despertado e vindo ao meu encontro. Durante muito tempo te esperei, aguardei confiante por teu despertar. Sempre te amei e o teu livre-arbítrio respeitei.
Em momento algum me ocultei aos teus apelos. Mesmo que não me tenhas percebido, guiei-te, procurando não ferir tua vontade.
Acompanhei-te ao longo do teu caminhar, de maneiras sensíveis assoprei aos teus ouvidos, passei-te inspirações, te fiz refletir sobre o amor.
Muitas foram às vezes que permiti chegar a ti os sofrimentos, para que adquirisse as tuas experiências e pudesse evoluir espiritualmente. Agora que percebes e sentes a minha presença, que eu possa te conduzir serenamente, por todos os teus estágios, nesta existência.

Teu Anjo Guardião

Texto do livro Anjos Guardiães e Cabalísticos, Angela Marcondes Jabor, Ascend Editora. 13ª edição.
Obs: O livro encontra-se esgotado, em revisão para nova publicação.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Ficando contente...

Tudo transcorre bem. Quando você está contente tudo flui naturalmente, as boas idéias surgem com naturalidade. Além de que, quando você está contente, você faz feliz seus familiares, amigos e todas as pessoas ao seu redor. E torna-se mais sadio. Porque sua alegria conserva a sua boa saúde.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Ter pensamentos positivos nos leva sempre para o lado bom das coisas.

Ao invés de pensarmos nas coisas que não temos, precisamos ter gratidão pelas coisas que possuimos e que já recebemos. Quanto mais agradecemos, mais bênçãos nos chegam para que possamos agradecer. Quanto mais lamentamos, mais perdemos, até o que temos, assim conseguiremos ter mais coisas para nos lamentar.
A escolha é nossa. Cabe a nós a opção entre gratidão e lamentação. Eu fiz a minha e você?
Com gratidão, cada dia mais bênçãos recebo e mais coisas eu tenho para agradecer.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

“Por isso vos digo: Não andeis ansiosos pela vossa vida quanto ao que haveis de comer ou beber; nem pelo vosso corpo, quanto ao que haveis de vestir. Não é a vida mais valiosa do que o alimento, e o corpo mais do que o vestuário? ... De certo vosso Pai celestial bem sabe que necessitais de todas elas. Mas buscai primeiro o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas.” 

Mateus 6; 25,32,33

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

DEZ DICAS PARA O CRESCIMENTO ESPIRITUAL - Remez Sasson

O crescimento espiritual é o processo do despertar interior, tornando-se consciente de nosso ser interior. Isto significa a elevação da consciência além da existência comum, e o despertar para algumas verdades Universais. Significa ir além da mente e do ego e compreender quem realmente você é.O crescimento espiritual é um processo de desprendimento de nossas concepções, pensamentos, crenças e idéias errôneas, tornando-nos mais e mais conscientes de nosso ser interior. Este processo revela o espírito interior que está sempre presente, mas oculto além da personalidade-ego. O crescimento espiritual é de grande importância para todos, não somente para as pessoas que buscam a iluminação espiritual e escolhem viver em locais distantes ou isolados. O crescimento espiritual é a base para uma vida melhor e mais harmoniosa para todos, livre de tensão, medo e ansiedade. Ao descobrirmos quem nós realmente somos, nós temos uma abordagem diferente da vida. Nós aprendemos a não permitir que as circunstâncias externas influenciem o nosso ser interior e o estado da mente. Nós manifestamos serenidade e desprendimento, e desenvolvemos poder e força interior, os quais são ferramentas muitos úteis e importantes.O crescimento espiritual não é um meio para escapar das responsabilidades, com comportamentos estranhos e sendo uma pessoa não prática. É um método de evoluir e se tornar uma pessoa mais forte, mais feliz e mais responsável. Vocês podem percorrer o caminho do crescimento espiritual, e ao mesmo tempo, viver o mesmo tipo de vida como todos os outros. Vocês não têm que ter uma vida reclusa, em algum lugar distante. Vocês podem criar uma família, trabalhar ou dirigir um negócio, e ainda, ao mesmo tempo, se engajarem em práticas que levem ao crescimento interior.Uma vida equilibrada requer que cuidemos não somente das necessidades do corpo, sentimentos e mente, mas também do espírito, e este é o papel do crescimento espiritual.

Dez dicas para o crescimento espiritual:

1 - Leia livros espirituais e edificantes. Pense no que lê, e descubra como você pode usar a informação em sua vida.


2 - Medite, por pelo menos 15 minutos todos os dias. Se não souber como meditar, é fácil encontrar livros, websites ou professores que podem lhe ensinar a meditação.

3 - Aprenda a acalmar a sua mente através de exercícios de concentração e da meditação.


4 – Reconheça o fato de que você é um espírito com um corpo físico, não um corpo físico com um espírito. Se puder realmente aceitar esta idéia, isto mudará a sua atitude em relação a muitas coisas em sua vida.

5 – Olhe freqüentemente para si mesmo e para a sua mente, e tente descobrir o que é que o torna consciente e vivo.


6 – Pense positivo. Se você estiver pensando de modo negativo, imediatamente mude para o pensamento positivo. Esteja no controle do que entra em sua mente. Abra a porta para o positivo e a feche para o negativo.


7 – Desenvolva o hábito da felicidade, olhando sempre o lado bom da vida e se esforçando para ser feliz. A felicidade vem do interior. Não permita que as suas circunstâncias externas decidam a sua felicidade por você.


8 – Exercite freqüentemente a sua força de vontade e a sua capacidade de tomar decisões. Isto o fortalece e lhe dá o controle sobre a sua mente.


9 – Agradeça ao Universo por tudo o que você recebe.


10- Desenvolva a tolerância, a paciência, o tato e a consideração pelos outros. O crescimento espiritual é o direito nato de todos. É a chave para uma vida de felicidade e de paz de espírito, e da manifestação do enorme poder do espírito interior. Este espírito está igualmente presente na pessoa mais materialista e na pessoa mais espiritualizada. O nível da manifestação da espiritualidade depende de quanto o espírito interior está próximo à superfície e de quanto ele está oculto pelos pensamentos, crenças e hábitos negativos.

SEMELHANTE ATRAI SEMELHANTE - Osho

Somente uma pessoa amorosa, aquela que realmente é amorosa; pode encontrar o parceiro certo.

Essa é minha observação: se você está infeliz você irá encontrar alguém também infeliz. Pessoas infelizes são atraídas pelas pessoas infelizes. E isso é bom, é natural. É bom que as pessoas infelizes não sejam atraídas pelas pessoas felizes; senão elas destruiriam a felicidade delas. Está perfeitamente bem.
Somente pessoas felizes são atraídas pelas pessoas felizes. O semelhante atrai o semelhante. Pessoas inteligentes são atraídas pelas pessoas inteligentes; pessoas estúpidas são atraídas pelas pessoas estúpidas.
Você encontra as pessoas do mesmo plano. Então a primeira coisa a lembrar é: um relacionamento está fadado a ser amargo se este surgiu da infelicidade.
Primeiro seja feliz, seja alegre, seja festivo e então você encontrará alguma outra alma festiva e haverá um encontro de duas almas dançantes e uma grande dança irá surgir disso.
Não peça por um relacionamento a partir da solitude, não. Assim você estará indo na direção errada. Então o outro será usado como um meio e o outro lhe usará como um meio. E ninguém quer ser usado como um meio! Cada indivíduo único é um fim em si mesmo. É imoral usar alguém como um meio.Primeiro aprenda como ser só. A meditação é um caminho para ficar sozinho.
Se você puder ser feliz quando você está só, você aprendeu o segredo de ser feliz. Agora você pode ser feliz acompanhado. Se você é feliz, então você tem alguma coisa para compartilhar, para dar. E quando você dá, você obtém; não é de outra maneira. Assim surge uma necessidade de amar alguém.
Geralmente a necessidade é de ser amado por alguém. É a necessidade errada. É uma necessidade infantil; você não está amadurecido. É uma atitude infantil.
Uma criança nasce. Naturalmente, a criança não pode amar a mãe; ela não sabe o que é amar e ela não sabe quem é a mãe e quem é o pai. Ela está totalmente desamparada. Seu ser ainda está para ser integrado; ela ainda não está reunida.
Ela é somente uma possibilidade. A mãe precisa amar, o pai precisa amar, a família precisa banhar a criança de amor. Agora ela aprende uma coisa: que todos têm que amá-la. Ela nunca aprende que ela precisa amar. Agora a criança irá crescer e se ela permanecer presa nessa atitude que todo mundo tem que amá-la, ela irá sofrer por toda sua vida. Seu corpo cresceu, mas sua mente permaneceu imatura.
Uma pessoa amadurecida é aquela que chega a conhecer a necessidade do outro: que agora tenho que amar alguém.
A necessidade de ser amado é infantil, imatura. A necessidade de amar é maturidade.
E quando você está preparado para amar alguém, um belo relacionamento irá surgir; de outra maneira não.
"É possível que duas pessoas num relacionamento sejam más uma para com a outra"?
Sim, isso é o que está acontecendo por todo o mundo. Ser bom é muito difícil. Você não é bom nem para si mesmo.
Como você pode ser bom para outra pessoa?
Você nem mesmo ama a si próprio! Como você pode amar outra pessoa? Ame a si mesmo, seja bom para si mesmo.
Os seus assim chamados santos têm lhe ensinado a nunca amar a si mesmo, para nunca ser bom para si mesmo.
Seja duro consigo mesmo! Eles têm lhe ensinado a ser delicado para com os outros e duro para consigo mesmo. Isso é um absurdo.
Eu lhe ensino que a primeira e mais importante coisa é ser amoroso para consigo mesmo. Não seja duro; seja delicado.
Cuide de si mesmo. Aprenda como se perdoar, cada vez mais e novamente; sete vezes, setenta e sete vezes, setecentos e setenta e sete vezes. Aprenda como perdoar a si próprio. Não seja duro; não seja antagônico consigo mesmo.
Assim você irá florescer.
Nesse florescimento você atrairá alguma outra flor. Isso é natural. Pedras atraem pedras; flores atraem flores. Assim há um relacionamento que possui graça, que possui beleza, que possui uma bênção nele.
Se você puder achar um relacionamento assim, seu relacionamento crescerá para uma oração; seu amor se tornará um êxtase e através do amor você conhecerá o que é o divino.


MERECIMENTO

Sou merecedor.
Mereço tudo o que é bom.
Não uma parte, não um pouquinho,mas tudo o que é bom.
Agora me afasto de todos os pensamentos negativos, restritivos.
Liberto e deixo ir todas as minhas limitações.
Em minha mente, sou livre.
Agora me transporto para um novo espaço de consciência, onde estou disposto a me ver de maneira diferente.
Estou decidido a criar novos pensamentos sobre mim mesmo e minha vida.
Meu modo de pensar torna-se uma nova experiência.
Eu agora sei e afirmo que sou uno com o Poder de Prosperidade do Universo.
Assim, prospero de inúmeras maneiras.
Está diante de mim a totalidade das possibilidades.
Mereço vida - uma boa vida.
Mereço amor - uma abundância de amor.
Mereço boa saúde.
Mereço viver - com conforto e prosperar.
Mereço alegria e felicidade.
Mereço a liberdade - de ser tudo o que posso ser.
Mereço mais do que isso. Mereço tudo o que é bom.
O Universo está mais do que disposto a manifestar minhas novas crenças.
Aceito essa vida abundante com alegria, prazer e gratidão, pois sou merecedor.
Eu a aceito; sei que é verdadeira.
Sou grato a Deus - por todas as bênçãos que recebo.
 
Autoria: Louise L. Hay

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Em Boa Companhia - Ceissamorim - Buddhayan

Em Boa Companhia - Ceissamorim - Buddhayan
Um dia indagaram a Meishu-Sama: O Senhor é o Salvador do Mundo? Ao que Meishu-Sama respondeu: Para quem lê meus ensinamentos e gostam de minha filosofia, eu sou um filósofo; para quem encontra nele sabedoria, eu sou um sábio; para quem encontra nele simplicidade, eu sou um mestre; para quem encontra nada, eu sou nada; ...agora, para aqueles que foram salvos pelo Johrei, eu sou o Salvador deles.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Não Importa Qual Seja a Sua Crença, Contanto Que Creia


Sabemos que mais vale uma oração feita com o coração do que fazê-la, mecanicamente, apenas por obrigação. Ao fazer uma oração, é preciso captar bem o sentido de cada palavra pronunciada e assimilar perfeitamente a verdade, que nela está contida. O ato de orar deve ser tão natural quanto o de respirar. No entanto, poucas são as pessoas que fazem da oração um hábito constante. Em momento algum, devemos orar por obrigação ou só quando nos encontramos, em situações desesperadoras.
Jesus, nosso Mestre, nos ensinou que a oração deve ser uma constância, em nossas vidas. Também disse: “Orai e vigiai”; portanto, ao orarmos, devemos estender nossas orações para atitudes dignas.
De nada adianta orar e permanecer com os sentimentos e pensamentos impuros, pois devemos nos lembrar de que nada existe por acaso, tudo nos vem por merecimento.
Há quem passe horas orando, mas em seguida, ficam a se lamentando, criando desarmonia, falando da vida das pessoas, desejando mal a outras pessoas e depois não entendem porque não foram atendidas, em suas preces e orações. É simples, ora apenas “visando seus próprios interesses” e também de modo mecânico, oram, mas não assimilam as próprias palavras.
Qualquer que seja a oração, seu poder é transformador, desde que feita com o coração.
Mas não basta somente orar com o coração. Antes de tudo é preciso ter fé. É através dela que vislumbramos a existência de Deus.

Texto extraído do livro Minhas Preces e Orações Prediletas, 4ª edição, Ascen Editora.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Minha entrevista para Léo Artése:
Confiram:
http://www.xamanismo.com.br/Aldeia/SubAldeia1192137359

Beijo no coração.

quarta-feira, 30 de junho de 2010



O PRINCIPIO DA FARTURA - Por Wayne Dyer


A razão pela qual ninguém pode dizer quantas maçãs existem numa semente é que a resposta é infinito.
Sem Fim. É nisso que consiste o princípio da fartura: infinidade.
Parece um paradoxo, porque nós como formas humanas parecemos começar e terminar num período de tempo específico, e portanto a infinidade não faz parte de nossa experiência em forma.
Mas é difícil imaginar que o universo tenha fronteiras ou que ele simplesmente termine em algum lugar. Se termina, o que há no fim, e o que há do outro lado do que é o fim? Assim, sugiro que o universo não tem fim e que não há um fim para o que você pode ter para si mesmo quando este princípio de tornar-se parte de sua vida.
Já vimos que uma grande parte do que somos como seres humanos não tem forma, e que esta parte, os pensamentos, não tem limites. E disso eu deduzo que nós também somos infinitos. Conseqüentemente, a fartura, com sua ausência de fronteiras e limites, é a própria senha do universo. Aplica-se a nós todos tanto quanto a tudo o mais no universo.
Deveríamos ser conscientes da abundância e da prosperidade e não fazer da escassez a pedra angular de nossas vidas. Se temos uma mentalidade de escassez, significa que acreditamos em escassez, que avaliamos nossas vidas em termos de suas carências. Se nos fixamos na escassez, estamos colocando energia no que não temos, e esta continua a ser a nossa experiência de vida.

O tema da história da vida de tantas pessoas:
"Eu simplesmente não tenho o sufIciente".
"Como posso acreditar em fartura quando meus fIlhos não têm nem as roupas de que precisam?".
"Eu seria muito mais feliz se tivesse....".


As pessoas acreditam que vivem uma vida de escassez porque não têm sorte, em vez de reconhecerem que seu sistema de crenças está enraizado no pensamento de escassez. No entanto, enquanto viverem com uma mentalidade de escassez, isto é o que atrairão às suas vidas. Tudo que seria necessário para eliminar esta condição de vida já está aqui neste mundo em que vivemos e respiramos.


Todos os dias. Onde mais poderia estar?


A verdade é que existe o bastante para todo no universo, e somos parte deste universo infinito. Quando sinceramente acreditarmos neste princípio, nós o veremos funcionar para nós de milhares de maneiras diferentes. Todas as pessoas que conheci que passaram de uma vida de escassez para uma de fartura descobriram como acreditar e viver este princípio. E digo todas as pessoas , inclusive eu mesmo. Mas como nos livramos de uma mentalidade de escassez?


TRANSCENDENDO UMA CONSCIÊNCIA DE ESCASSEZ

O primeiro passo para descartar uma mentalidade de escassez é compreende e dar graças por tudo que você é e tudo que você tem .


É assim mesmo - agradeça, mas não de uma maneira inexpressiva, Aprecie verdadeiramente o milagre que é você .


O fato de estar vivo. De ter olhos, ouvidos, pés, e de estar aqui neste exato instante neste sonho maravilhoso. Faça um esforço para começar a se concentrar no que você tem, e não naquilo que lhe falta.


Nada falta.
Como poderia ter faltar alguma coisa num universo perfeito?

Quando você começa a se concentrar em ser agradecido por tudo que tem - a água que bebe, o sol que o aquece, o ar que respira e tudo que é uma dádiva de Deus -, você esta­rá usando seus pensamentos (sua essência inteira) para se fixar na abundância e na sua humanidade.


Lembre-se de que você é uma única célula num corpo da humanidade, e esta célula requer harmonia interior a fim de cooperar com as células adjacentes.

Quando você assim proceder, sua energia mudará para o milagre de você estar aqui.


Enquanto estiver concentrado no milagre que você é e (no milagre de) tudo que o cerca, você não pode estar concentrado no que não é e no que parece estar faltando no seu mundo. À medida que praticar ser agradecido, vá aumentando a lista pelas coisas pelas quais você agradece.


Amigos e família. Roupas e alimentos. Qualquer dinheiro que tenha. Todos os seus bens, tudo que tenha surgido em sua vida para você usar enquanto está aqui.
Enfim, toda e qualquer coisa.

O lápis, o garfo, a cadeira, tudo. Comece a se concentrar no quanto você é agradecido por ter todas estas coisas em sua vida agora, quando precisa delas.


Pense nelas como suas para usar temporariamente antes de devolvê-las para à Circulação.

Quando estiver pronto para iniciar o processo de ser agradecido por todos e tudo que surgem em sua vida, bem como apreciar sua própria humanidade, você estará no caminho para eliminar a mentalidade da escassez.


Tudo em que você focaliza seus pensamentos se expande

Leia de novo.


É perfeitamente lógico. Tudo que você tende a pensar é o que você se concentra e é o que você cria mais. Por exemplo, se você tem algumas dívidas e algum capital e todo o seu foco é o que você tem, você expandirá seu capital.

Se o capital é de apenas quinhentos dólares e suas dívidas são de cinco mil, e você se concentra no dinheiro que tem, você começará a fazer alguma coisa com ele. O que quer que faça com ele de maneira positiva ajudará a expandi-lo.


Ao contrário, se você concentra todos os seus pensamentos no seu endividamento, sempre lembrando a si mesmo o quanto é pobre, fazendo disso o foco de sua vida emocional, será precisamente isso o que expandirá.


Isso é perfeitamente claro quando se trata de pequenas doenças. Se você se concentra em seu resfriado, sempre falando nisso, sempre se queixando a todos com quem encontra o quanto se sente mal, você expandirá o que está sufocando.


Isto é, sua energia fluirá para o resfriado de que você tanto se orgulha. Mas se você se concentra na grande parte de você que não está doente e diz às outras pessoas o quanto se sente bem, você expandirá seu bem-estar .


Nós agimos segundo nossos pensamentos.


Estes pensamentos literalmente se tornam nossa experiência diária de vida.


Em conseqüência, se você despende uma grande parte da energia de sua vida concentrando-se em escassez, isto é o que você vai expandir em sua vida.


Para vivenciar somente a fartura, você na verdade tem que deliberadamente resistir a concentrar-se em escassez. ­


Quando você Vive e respira prosperidade, e a com a crença de que existe um enorme suprimento de tudo e de que todos temos ­ direito a ter tudo que podemos ter, você começa ativamente a tratar a si e os outros desta forma.


Este princípio aplica-se a aquisição de riqueza, felicidade pessoal, saúde, atividades intelectuais e tudo o mais.

Está relacionado à antiga promessa bíblica:


"Ao que tem, mais deve ser dado."

Realmente dá certo.


Este Universo é um empreendimento incomensuravelmente grande, grande demais para que qualquer um de nós comece a percebê-lo da perspectiva dos limites do nosso corpo.


A fartura reina por toda a parte.


Os únicos limites que temos são os que alimentamos com nossa crença nestes mesmos limites.

terça-feira, 8 de junho de 2010

Kuan Yin, “Patrona da Paz”, “Guardiã do Repouso e da Luz da Cura”, carrega a Chama Perolada da Compaixão – o caminho que leva à paz, pois traz serenidade, quietude, amor, alegria e cura.
Enquanto o sofrimento de pena nos coloca numa posição superior aos outros, a compaixão é um sentimento que nos leva a ajudar as pessoas a se livrarem de seus sofri-mentos, sem que nos envolvamos com eles. Portanto, devemos nos colocar ao lado delas incondicionalmente, sem que haja de nossa parte qualquer tipo de julgamento e sim um pro-fundo sentimento de ajudá-las a aliviarem os seus problemas.
A compaixão é como um sintoma radiante e contagioso de luz. Se você irradiar a luz que existe dentro de você, acabará difundindo-a por meio do seu exemplo. Quanto mais compaixão você tiver pelas pessoas, mais compaixão elas terão por você e, assim, passarão a viver num estado maravilhoso de bem-aventurança, serenidade e paz. Comece a praticar, diariamente, a compaixão na sua vida e contemple as pessoas à sua volta em vez de julgá-las. Não as menospreze, não sinta inveja nem lhes deseje o mal, só ame-as e permita que o sentimento de amor torne-se um canal entre vocês, na maneira de como se tratam e conversam. Demonstre e expresse a energia criativa da sua compaixão e de sua beleza interior.

Há uma história que acho interessante para colocar aqui. Conta-se que:
“Um rapaz procurou Sócrates e disse que precisava contar-lhe algo.
Sócrates ergueu os olhos do livro que lia e perguntou:
O que você vai me contar passou pelas três peneiras?
Três peneiras?
Sim. A primeira peneira é a verdade.
O que você vai me contar dos outros é um fato?
Caso tenha ouvido contar, a coisa deve morrer aí mesmo.
Suponhamos então que seja verdade. Deve então passar pela segunda peneira: a Bondade.
O que você vai contar é coisa boa? Ajuda a construir ou destruir o caminho,
a fama do próximo?
Se o que você quer contar é verdade e é coisa boa, deverá passar ainda pela terceira pe-neira: a Necessidade.
Convém contar? Resolve alguma coisa? Ajuda a comunidade? Pode melhorar o planeta?
E arremata Sócrates: – Se passar pela três peneiras, conte!
Caso contrário, esqueça e enterre tudo.
Será uma fofoca a menos para envenenar o ambiente e levar discórdia entre irmãos, colegas de planeta.
Devemos ser sempre a estação terminal de qualquer comentário infeliz.”

Lembrando também que:

“Pessoas sábias falam sobre idéias!
Pessoas inteligentes falam de coisas!
Pessoas medíocres falam das pessoas!”

Aprenda a ter e sentir compaixão pelas pessoas e revele a grandeza do seu ser, mesmo nas pequenas coisas. Muitas vezes, o que julgamos ser algo pequeno e insignificante pode não ser para muitos. Se você não puder fazer o bem, não faça o mal. Só o fato de você não fazer o mal, você já está praticando o bem, principalmente para você, pois a pior maldade que você pode lhe fazer é levar o mal para a vida das pessoas. Assim sendo, co-mece a ter compaixão por você mesmo, pois, quando isto você aprender, verá o quanto mais fácil é ter compaixão pelo seu próximo.

Texto do livro "Kuan Yin a Deusa dos Milagres".

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Semelhante atrai semelhante - Osho



Somente uma pessoa amorosa, aquela que realmente é amorosa; pode encontrar o parceiro certo.
Essa é minha observação: se você está infeliz você irá encontrar alguém também infeliz. Pessoas infelizes são atraídas pelas pessoas infelizes. E isso é bom, é natural. É bom que as pessoas infelizes não sejam atraídas pelas pessoas felizes; senão elas destruiriam a felicidade delas. Está perfeitamente bem.
Somente pessoas felizes são atraídas pelas pessoas felizes. O semelhante atrai o semelhante. Pessoas inteligentes são atraídas pelas pessoas inteligentes; pessoas estúpidas são atraídas pelas pessoas estúpidas.
Você encontra as pessoas do mesmo plano. Então a primeira coisa a lembrar é: um relacionamento está fadado a ser amargo se este surgiu da infelicidade.
Primeiro seja feliz, seja alegre, seja festivo e então você encontrará alguma outra alma festiva e haverá um encontro de duas almas dançantes e uma grande dança irá surgir disso.
Não peça por um relacionamento a partir da solitude, não. Assim você estará indo na direção errada. Então o outro será usado como um meio e o outro lhe usará como um meio. E ninguém quer ser usado como um meio! Cada indivíduo único é um fim em si mesmo. É imoral usar alguém como um meio.Primeiro aprenda como ser só. A meditação é um caminho para ficar sozinho.
Se você puder ser feliz quando você está só, você aprendeu o segredo de ser feliz. Agora você pode ser feliz acompanhado. Se você é feliz, então você tem alguma coisa para compartilhar, para dar. E quando você dá, você obtém; não é de outra maneira. Assim surge uma necessidade de amar alguém.
Geralmente a necessidade é de ser amado por alguém. É a necessidade errada. É uma necessidade infantil; você não está amadurecido. É uma atitude infantil.
Uma criança nasce. Naturalmente, a criança não pode amar a mãe; ela não sabe o que é amar e ela não sabe quem é a mãe e quem é o pai. Ela está totalmente desamparada. Seu ser ainda está para ser integrado; ela ainda não está reunida.
Ela é somente uma possibilidade. A mãe precisa amar, o pai precisa amar, a família precisa banhar a criança de amor. Agora ela aprende uma coisa: que todos têm que amá-la. Ela nunca aprende que ela precisa amar. Agora a criança irá crescer e se ela permanecer presa nessa atitude que todo mundo tem que amá-la, ela irá sofrer por toda sua vida. Seu corpo cresceu, mas sua mente permaneceu imatura.
Uma pessoa amadurecida é aquela que chega a conhecer a necessidade do outro: que agora tenho que amar alguém.
A necessidade de ser amado é infantil, imatura. A necessidade de amar é maturidade.
E quando você está preparado para amar alguém, um belo relacionamento irá surgir; de outra maneira não.
"É possível que duas pessoas num relacionamento sejam más uma para com a outra"?
Sim, isso é o que está acontecendo por todo o mundo. Ser bom é muito difícil. Você não é bom nem para si mesmo.
Como você pode ser bom para outra pessoa?
Você nem mesmo ama a si próprio! Como você pode amar outra pessoa? Ame a si mesmo, seja bom para si mesmo.
Os seus assim chamados santos têm lhe ensinado a nunca amar a si mesmo, para nunca ser bom para si mesmo.
Seja duro consigo mesmo! Eles têm lhe ensinado a ser delicado para com os outros e duro para consigo mesmo. Isso é um absurdo.
Eu lhe ensino que a primeira e mais importante coisa é ser amoroso para consigo mesmo. Não seja duro; seja delicado.
Cuide de si mesmo. Aprenda como se perdoar, cada vez mais e novamente; sete vezes, setenta e sete vezes, setecentos e setenta e sete vezes. Aprenda como perdoar a si próprio. Não seja duro; não seja antagônico consigo mesmo.
Assim você irá florescer.
Nesse florescimento você atrairá alguma outra flor. Isso é natural. Pedras atraem pedras; flores atraem flores. Assim há um relacionamento que possui graça, que possui beleza, que possui uma bênção nele.
Se você puder achar um relacionamento assim, seu relacionamento crescerá para uma oração; seu amor se tornará um êxtase e através do amor você conhecerá o que é o divino.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

FLUINDO COM A CORRENTE UNIVERSAL DO DINHEIRO



Uma Mensagem de Abraham canalizada por Esther e Jerry Hicks
Domingo, 27 de Julho de 2008 em Seattle, WA

Pergunta: A minha escassez é causada pelo meu sentimento de resistência à abundancia?

Abraham: Se você sente desânimo, medo, apreensão, frustração,raiva – significa isto mesmo.O sentimento de escassez tem todos estes sentimentos associados a ele. Todos estes sentimentos são indicadores de alguma resistência dentro de você.

O que esses sentimentos estão na realidade dizendo é: "Ah, como estou sentindo isto que eu chamo escassez, estou em dissonância vibracional com a abundância que eu quero. Quero abundância, mas eu não estou na vibração certa. Então, se eu passar para um sentimento onde eu me sinta melhor, e outro pensamento onde eu me sinta melhor....afim de que essas emoções negativas diminuam, então já não estarei resistindo. Estarei permitindo. Estarei alinhado com a Energia dentro de mim ".

Uma vez que as manifestações em resposta à sua vibração comecem, torna-se mais e mais e mais fácil. Se tornará mais fácil manter a sua vibração e manter sentimentos positivos, porque agora você tem mais coisas para apreciar e sentir-se grato ao seu redor. Seu segundo milhão virá muito mais rapidamente do que o primeiro, porque, como você começa a se sentir confortável com o primeiro, o segundo vem naturalmente. E, o terceiro e o quarto.

Esther ouviu um homem muito rico, Ted Turner, dizer: "O mundo está inundado de dinheiro." E ele sabia o que dizia. Trata-se de sua experiência, ele o vê em toda parte. Ele deu um bilhão de dólares para as Nações Unidas. O dinheiro está fluindo para ele e, através dele, mais do que ele poderia ,nesta vida, ou em uma centena de outras vidas , descobrir com gastar todo esse dinheiro consigo mesmo.

"O mundo está inundado de dinheiro!" E, quando Esther ouviu-o dizer, ela sabia que ele sabia o que estava dizendo. E ela pensou, "Eu sei também. Ele sabe tão claramente, que agora eu também sei." Pela convicção com que ele falou, neste momento, Esther soube também. E, então no mês seguinte, ela deve ter repetido para Jerry, umas 5.000 vezes: "O mundo está inundado de dinheiro." Tornou-se uma idéia fixa para ela, porque, ela, como você, têm visto tanta gente se afastar do Bem-estar, que ela começou a acreditar que o mundo não estava inundado de dinheiro. Ela havia chegado a acreditar que somente poucas pessoas poderiam tê-lo, e eles o tinham obtido de alguma forma que outros não poderiam obtê-lo. Ela chegou a pensar que havia alguma injustiça...

O mundo está inundado em dinheiro! Você entende o que isso significa? Está inundado de dinheiro. Trata-se de fluir para todos. É como as Cataratas do Niagara. E, a maioria de vocês está esperando e recolhendo com uma colher de chá!

Sua economia sempre foi baseada no intercâmbio de energia humana: Como contrapartida à uma nova idéia criada por qualquer consciência humana, o Não-Físico flui energia para a sua realização adiante. A economia se expande proporcionalmente às idéias. Não há escassez de nada.

Aqueles que acreditam na existência da miséria, colocam-se em um lugar onde impedem que a Energia flua para eles. E assim, em sua resistência, eles continuam não tendo. E então eles dizem, "Eu sou a prova de que há escassez. E o homem que ali está inundado em dinheiro é a razão de eu não ter nenhum." Ele não tem nada a ver com a sua escassez. Ele é a prova de que há abundância.
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Extraido a partir do seminário realizado em Seattle, WA, no sábado, 27 de maio, 2000
© 1997-2008 Abraham-Hicks Publications. Mais informações www.abraham-hicks.com
Fonte: http://spiritlibrary.com/abraham-hicks/flowing-with-the-current-of-universal-currency
Traduzido por Elizabeth Primo Trench - eptrench@hotmail.com

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Sofrimento é Opcional

"A dor não é algo que possamos evitar, mas o sofrimento sim. Este é opcional."

ISTO TAMBÉM PASSARÁ

Havia, certa vez, um rei sábio e bom, que já se encontrava no fim de sua vida. Certo dia, pressentindo a chegada da morte, chamou seu único filho, que o sucederia no trono, tirou do dedo um anel e deu-o a ele dizendo:
- Meu filho, quando fores rei, leva sempre contigo este anel. Nele há uma inscrição. Quando estiveres vivendo situações extremas de glória ou de dor, tira-o e lê o que há nele.
E o rei morreu, e seu filho passou a reinar em seu lugar, sempre usando o anel que o pai lhe deixara. Passado algum tempo, surgiram conflitos com um reino vizinho, que acabaram culminando numa terrível guerra. O jovem rei, à frente do seu exército partiu para enfrentar o inimigo. No auge da batalha, seus companheiros lutavam bravamente; mortos, feridos, tristeza, dor, o rei lembra-se do anel; tira-o e lê a inscrição:
ISTO TAMBÉM PASSARÁ.
E ele continua a luta. Perde batalhas, vence outras tantas, mas ao final, sai vitorioso. Retorna, então, ao seu reino e, coberto de glória, entra em triunfo na cidade. O povo o aclama. Neste momento ele se lembra do seu velho e sábio pai. Tira o anel e lê:
ISTO TAMBÉM PASSARÁ.
"Tudo é impermanente. Tudo que está sujeito ao surgimento está sujeito à cessação". - Buda

A compreensão da impermanência nos proporciona confiança, paz e alegria. A impermanência não conduz obrigatoriamente ao sofrimento. Sem ela, a vida não existiria. Sem a impermanência, sua filha não cresceria e se tornaria uma linda mulher. Sem a impermanência, os regimes políticos opressivos nunca mudariam. Mas nós achamos que a impermanência nos faz sofrer. O Budha deu o exemplo do cachorro que foi atingido por uma pedra e ficou zangado com a pedra. Não é a impermanência que nos faz sofrer, mas sim o desejo de que as coisas sejam permanentes, quando na verdade não são. - Thich Nhat Hanh; The Heart of the Buddha's Teaching.

Algumas pessoas acham que o budismo é pessimista, sempre falando de morte, impermanência, velhice - mas isso não é necessariamente verdade. A impermanência é um alívio! Eu não tenho uma BMW hoje e é graças à impermanência desse fato que eu posso vir a ter uma amanhã. Sem a impermanência eu ficaria preso à não-posse de uma BMW e nunca poderia vir a ter uma. Eu posso estar me sentindo muito deprimido hoje e, graças à impermanência, amanhã eu posso estar me sentindo ótimo. A impermanência não é necessariamente uma má notícia; tudo depende de como a interpretamos e a compreendemos. Mesmo que hoje nossa BMW seja riscada por um vândalo ou que nosso melhor amigo nos deixe na mão, não vamos ficar tão preocupados assim. Quando não reconhecemos que toda coisa composta é impermanente, isso é um engano, uma ilusão. Quando compreendemos isso - e não só intelectualmente - ficamos livres desse engano. É a isso que chamamos de libertação: ficar livre da crença unidirecionada e bitolada de que as coisas são permanentes. E tudo na vida é assim, quer gostemos disso ou não. Ela tem um começo, tem um fim, tem um meio. - Dzongsar Khyentse Rinpoche; Os Quatro Selos do Dharma.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

As 14 Práticas da Plena Consciência - Thich Nhat Hanh


1. Não idolatrar nenhuma doutrina, teoria, seja ela qual for, incluindo o budismo. Os sistemas de pensamento budistas devem ser considerados como guias para a prática e não como a verdade absoluta.
2. Não pensar que se possui um saber imutável ou a verdade absoluta. Há que evitar a estreiteza da mente e o apego aos pontos de vista pessoais. Aprender a praticar a via do não apego de maneira a permanecer aberto aos pontos de vista dos outros. A verdade só pode ser encontrada na vida e não nos conceitos. Há que estar disponível para continuar a aprender ao longo de toda a vida e a observar a vida em si mesmo e no mundo.
3. Não forçar os outros, incluindo as crianças, a adotar os nossos pontos de vista seja por que meios forem: autoridade, ameaça, dinheiro, propaganda ou educação. Respeitar as diferenças entre os seres humanos e a liberdade de opinião de cada qual. Saber, no entanto, utilizar o diálogo para ajudar a renunciar ao fanatismo e à estreiteza do espírito.
4. Não evitar o contacto com o sofrimento nem fechar os olhos diante dele. Não perder a plena consciência sobre a existência do sofrimento no mundo. Encontrar meios de aproximação para com os que sofrem, seja mediante contactos pessoais, visitas, imagens, sons. Despertar e despertar os outros para a realidade do sofrimento no mundo.
5. Não acumular dinheiro nem bens quando milhões de seres sofrem de fome. Não converter a glória, o proveito, a riqueza ou os prazeres sensuais na finalidade da vida. Viver simplesmente e compartir o tempo, a energia e os recursos pessoais com os que necessitam.
6. Não conservar a cólera ou o ódio. Aprender a examinar e a transformar a cólera e o ódio quando ainda não são mais que sementes nas profundidades da consciência. Ao manifestar-se a cólera e o ódio, devemos focar a atenção na respiração e observar de modo penetrante a fim de ver e compreender a natureza desta cólera ou ódio, assim como a natureza das pessoas que se supõe serem a sua causa. Aprender a ver os seres com os olhos da compaixão.
7. Não se perder, deixando-se levar pela dispersão ou pelas circunstâncias envolventes. Praticar a respiração consciente e focar a atenção no que está a acontecer neste instante presente. Entrar em contacto com aquilo que é maravilhoso, pleno de vigor e de frescura. Semear em si mesmo sementes de paz, de alegria e de compreensão de maneira a favorecer o processo de transformação nas profundidades da consciência.
8. Não pronunciar palavras que possam semear a discórdia e provocar a ruptura da comunidade. Mediante palavras serenas e de atos apaziguadores, fazer todos os esforços possíveis para reconciliar e resolver todos os conflitos, por pequenos que sejam.
9. Não dizer falsidades para preservar o interesse próprio ou para impressionar os outros. Não proferir palavras que semeiem a divisão e o ódio. Não difundir notícias sem ter a certeza de que são seguras. Falar sempre com honestidade e de maneira construtiva. Ter a coragem de dizer a verdade sobre as situações injustas mesmo que a nossa própria segurança fique ameaçada.
10. Não utilizar a comunidade religiosa para o interesse pessoal nem a transformar em partido político. A comunidade em que vivemos deve, contudo, tomar uma posição clara contra a opressão e a injustiça e esforçar-se por mudar a situação sem se envolver em conflitos partidários.
11. Não exercer profissões que possam causar dano aos seres humanos ou à natureza. Não investir em companhias que explorem os seres humanos. Eleger uma ocupação que ajude a realizar o ideal próprio de vida com compaixão.
12. Não matar. Não deixar que outros matem. Utilizar todos os meios possíveis para proteger a vida e prevenir a guerra. Trabalhar para o estabelecimento da paz.
13. Não querer possuir nada que pertença a outrem. Respeitar os bens dos outros, mas impedir qualquer tentativa de enriquecimento à custa do sofrimento de outros seres vivos.
14. Não maltratar o corpo. Aprender a respeitá-lo. Não o considerar unicamente como um instrumento. Preservar as energias vitais (sexual, respiração e sistema nervoso) através da prática da Via. A expressão sexual não se justifica sem verdadeiro amor e sem compromisso. Em relação às relações sexuais, tomar consciência do sofrimento que podem causar no futuro a outras pessoas. Para assegurar a felicidade dos outros há que respeitar os seus direitos e compromissos. Estar plenamente consciente das suas próprias responsabilidades na hora de trazer ao mundo novos seres. Meditar sobre o mundo a que trazemos estes seres.

Construa pontes ao seu redor ao invés de muros


Dois irmãos que moravam em fazendas vizinhas, separadas apenas por um riacho, entraram em conflito. Foi a primeira grande desavença em toda uma vida de trabalho lado a lado. Mas agora tudo havia mudado. O que começou com um pequeno mal entendido, finalmente explodiu numa troca de palavras ríspidas, seguidas por semanas de total silêncio. Numa manhã, o irmão mais velho ouviu baterem à sua porta. “Estou procurando trabalho. Sou carpinteiro. Talvez você tenha algum serviço para mim.” “Sim, disse o fazendeiro. Claro! Vê aquela fazenda ali, além do riacho? É do meu vizinho. Na realidade do meu irmão mais novo. Nós brigamos e não posso mais suportá-lo. Vê aquela pilha de madeira ali no celeiro? Pois use para construir uma cerca bem alta.” “Acho que entendo a situação, disse o carpinteiro. Mostre-me onde estão a pá e os pregos.” O irmão mais velho entregou o material e foi para a cidade. O homem ficou ali cortando, medindo, trabalhando o dia inteiro. Quando o fazendeiro chegou, não acreditou no que viu: em vez de cerca, uma ponte foi construída ali, ligando as duas margens do riacho. Era um belo trabalho, mas o fazendeiro ficou enfurecido e falou: “Você foi atrevido construindo essa ponte depois de tudo que lhe contei.” Mas as surpresas não pararam ai. Ao olhar novamente para a ponte viu o seu irmão se aproximando de braços abertos. Por um instante permaneceu imóvel do seu lado do rio. O irmão mais novo então falou: “Você realmente foi muito amigo construindo esta ponte mesmo depois do que eu lhe disse.” De repente, num só impulso, o irmão mais velho correu na direção do outro e abraçaram-se, chorando no meio da ponte. O carpinteiro que fez o trabalho, começou a fechar a sua caixa de ferramentas. “Espere, fique conosco! Tenho outros trabalhos para você.” E o carpinteiro respondeu: “Eu adoraria, mas tenho outras pontes a construir…” Já pensou como as coisas seriam mais fáceis se parássemos de construir cercas e muros e passássemos a construir pontes com nossos familiares, amigos, colegas do trabalho e principalmente nossos inimigos… Muitas vezes desistimos de quem amamos por causa de magoas e mal entendidos. Vamos deixar isso de lado, ninguém é perfeito, mas alguém tem que dar o primeiro passo. Portanto, construa pontes ao seu redor, ao invés de construir cercas!

As 5 Consciências no Casamento - Thich Nhat Hanh


Em Plum Village, toda vez que há um casamento, a comunidade inteira celebra a união e leva seu apoio aos noivos. Depois da cerimônia, a cada lua cheia, o casal recita as Cinco Consciências juntos, relembrando que amigos de toda parte apóiam seu relacionamento. Seja a união firmada ou não por lei, ela será mais forte e mais duradoura se tiver sido realizada na presença de uma Sangha - amigos que amam as duas pessoas e as apóiam dentro do espírito da compreensão e do amor. Antes das duas pessoas se casarem, elas têm que realizar junta a prática da plena consciência e, tornando-se casados, deverão continuar praticando as Cinco Consciências como manifestação da Plena Consciência:Somos conscientes de que todas as gerações dos nossos ancestrais e da nossa descendência estão presente em nós.Somos conscientes das esperanças que nossos ancestrais, nossos filhos e os filhos de nossos filhos depositam em nós.Somos conscientes de que nossa alegria, nossa paz, nossa liberdade e harmonia, são a alegria , a paz, a liberdade e a harmonia de nossos ancestrais, de nossos filhos e dos filhos de nossos filhos.Somos conscientes de que a compreensão é o próprio fundamento do amor.Somos conscientes de que reclamações e brigas não nos ajudam e fazem apenas crescer o fosso entre nós. É unicamente graças à compreensão, à confiança e ao amor que podemos nos transformar e crescer. Na primeira consciência nos vemos como um elemento de continuação dos nossos ancestrais e um elo para as gerações futuras. Quando adquirimos essa visão, sabemos que, tratando bem o corpo e a consciência no momento presente, estamos cuidando de todas as gerações passadas e futuras. A segunda consciência nos lembra que nossos antepassados têm expectativas em relação a nós, assim como nossos filhos e netos. Nossa felicidade é a felicidade deles, e nosso sofrimento é o sofrimento deles também. Observando a fundo, saberemos o que nossos filhos e netos esperam de nós. Pode ser que ainda não os estejamos vendo em pessoa, mas eles já estão conversando conosco. Querem que vivamos de tal modo que não sejam infelizes quando se manifestarem. Os budistas vietnamitas não se vêem como indivíduos separados de seus ancestrais e sim como uma continuação que representa todas as gerações anteriores. As ações do casal não visam apenas satisfazer suas necessidades físicas e espirituais como indivíduos. Elas também têm como objetivo concretizar as esperanças e expectativas de seus ancestrais, bem como preparar as futuras gerações. A terceira consciência nos diz que a alegria, paz, liberdade e harmonia não são questões individuais. Temos que viver de modo que possamos permitir a libertação dos ancestrais que estão dentro de nós, o que significa nos libertar. Se não agirmos assim, ficaremos amarrados por toda a vida e transmitiremos isso aos nossos filhos e netos. Agora é a hora de libertarmos os nossos pais e os ancestrais que estão dentro de nós. Oferecer-lhes alegria, paz, liberdade e harmonia proporciona, ao mesmo tempo, alegria, paz, liberdade e harmonia a nós mesmos, a nossos filhos e nossos netos. Isso reflete o ensinamento da interconexão. Enquanto nossos ancestrais, que estão em nós sofrendo, permanecerem sofrendo, não poderemos ser realmente felizes. Dando um passo com plena consciência, livre e felizes ao tocar a terra, o fazemos por todos - por nossos ancestrais e as gerações futuras. As três primeiras consciências são aspectos de um ensinamento profundo. Temos que continuar a estudá-las e praticá-las para aprofundarmos a nossa compreensão. A quarta consciência é também um ensinamento básico do Buda. Onde existe compreensão, existe amor. Quando entendemos os sofrimento de alguém, ficamos motivados a ajudar, e as energias do amor e da compreensão são liberadas. O que quer que façamos com esse espírito será para a felicidade e libertação da pessoa que amamos. Às vezes , porém, destruímos essa pessoa. É como o general americano, quando disse que suas bombas tinham que destruir a cidade de Bem Tre para salvá-la. Precisamos praticar de modo a que tudo o que fizermos para os outros os torne felizes. Vontade de amar não suficiente. Se as pessoas não se entendem é impossível uma amar a outra. Quando as pessoas se casam, elas formam uma Sangha de dois a fim de praticarem o amor - cuidar uma da outra, fazer o cônjuge florescer como uma flor, tornando a felicidade algo real. A felicidade não é uma questão individual. A pessoa deve procurar sorrir pelo menos uma vez ao dia, não só por ela mesma, mas pela outra também. Tem que praticar a meditação andando, não só pela outra, mas por si mesma também. Estamos ligados a muitos seres e pessoas. Cada passo, cada sorriso tem um efeito sobre todos os que nos rodeiam. Nossa felicidade é a felicidade de outras tantas pessoas.

Raiva e Reconciliação - Thich Nhat Hanh


Retirado do Capítulo V do livro de Thich Nhat Hanh - "Peace Begins Here: Palestinians and Israelis Listening to Each Other" - Tradução Samuel Cavalcante


Era uma vez uma montanha onde muitos deuses viviam. Os deuses eram muito felizes. Eles pareciam não ter nada o que fazer. Eles passavam uma grande parte do tempo somente sentados ou caminhando. Havia um lindo riacho na montanha - a água era límpida e clara. Parecia que cada vez que alguém bebia daquela água se sentia leve e livre, sem desejo e sem raiva. Ao longo do riacho havia muitas cerejeiras que pareciam florir por todo o ano e os botões de cerejeira caíam na correnteza e se iam junto com a água. Alguns deles viajavam bastante longe, até a cidade que ficava no sopé da montanha. Existia um homem nessa cidade que sofria tanto que queria morrer. Um dia, ele viu uma pétala de flor de cerejeira na correnteza e decidiu seguir seu caminho até a fonte. Ele disse a si mesmo que iria encontrar a fonte, mesmo que levasse anos. Depois de muitos anos de caminhada, ele chegou à montanha dos deuses e eles o convidaram a se aproximar, sentar-se junto da correnteza e tomar um pouco da água com as mãos. Depois de beber a água, o homem sentiu que não tinha mais desejo, nem mesmo desejo de cura e transformação. Ele se sentiu muito cansado, não queria mais nada - queria desistir de tudo. Ele se deitou à margem do riacho e caiu em sono profundo. Durante o sono, a água continuou a trabalhar em seu corpo e em sua mente, transformando e purificando. Como ele se permitiu dormir profundamente, o trabalho de cura e transformação foi bastante fácil para ele. Ele não fez nada, apenas se deitou e permitiu que a água que havia bebido trabalhasse nele. Alguns dos deuses tomaram conta dele - pegaram dois seixinhos que pareciam olhos de gato, foram ate ele enquanto dormia e trocaram seus olhos pelos seixos. Agora ele tinha novos olhos. O homem dormira por muito tempo. Depois de uma semana, ele se acordou. Ficou em pé, viu o céu, as árvores como nunca tinha visto antes. Quando ele chegou, o céu e as árvores já estavam ali, mas ele parecia não ter visto do mesmo jeito, pois agora tinha novos olhos. De fato, tudo nele havia mudado. Tinha agora novos ossos, novo coração, novos intestinos - estava completamente transformado. Sentia-se agora como se fosse um dos deuses e não queria mais ir embora. Ele disse: "Eu não quero voltar pra casa, para aquele lugar, eu quero ficar aqui com vocês". Mas um dos deuses replicou: "Você tem que voltar pra casa e ajudar o seu povo". E o homem disse: "Se voltar pra casa, ficarei sozinho. Não conseguirei lidar com isso lá embaixo. É tão difícil! Eu não quero voltar nunca mais para aquele lugar". Um dos deuses, porém disse-lhe: "Olhe, quando você voltar pra casa, não verá mais as coisas do mesmo jeito que via no passado. Antes, você enxergava o céu e as árvores, mas agora, depois de uma semana, você já vê realmente o céu e as árvores. Não tenha medo de voltar pra casa. Com seus novos olhos, novos pulmões e novos ossos você verá as coisas de maneira diferente, não precisará sofrer. E sabe de uma coisa? Mesmo quando você voltar você continuará a nos ver. Nós não estamos somente aqui, estaremos lá embaixo com você". O homem então entendeu. Disse adeus aos deuses, à montanha e ao riacho e começou a jornada de volta. Mas desta vez, não levou vários anos, como para subir. Levou apenas uma manhã. Os deuses estavam certos. Quando chegou em casa com seu novo ser, ele não viu a situação de maneira tão ruim e desesperadora como antes. Ele agora era capaz de olhar com solidariedade e clareza, seu coração estava aberto e era capaz de redescobrir os seres humanos de uma forma nova. Ele sentiu a solidariedade crescendo nele por que viu que muitos seres humanos estavam presos a idéias, ideologias, religião e cultura e que, por isso, sua verdadeira natureza humana não podia ser vista. Mas agora, depois que se tornou uma pessoa livre, pôde descobrir seres humanos mesmo dentro de verdadeiros cadáveres. Por isso, quando ele os olhava e os ouvia, não se sentia mais irritado ou frustrado. Com seu sorriso, podia ajudá-los a mudar sua situação. Ele descobriu que não estava sozinho. Todos os deuses com os quais se encontrara na montanha estavam bem ali para ajudá-lo e para lhe fazer companhia. Essa estória é feliz por que o homem foi capaz de passar sete dias na montanha permitindo a si mesmo ser objeto de transformação e cura através da água da solidariedade. Ele não fez absolutamente nada durante o tempo em que ficou na montanha. Não praticou nada, praticou a não prática. Apenas permitiu a si mesmo ser abraçado pela montanha, pelo riacho, pelas árvores, para se renovar. Assim, ele conseguiu novos olhos, novos ouvidos, novos ossos e novo coração. Se ele tivesse ido à montanha somente para procurar idéias e respostas para levar pra casa, não teria sido capaz de retornar solidário e sem medo. Ele não foi à montanha em busca de teorias, ideologias, táticas ou estratégias. Ele foi lá para se renovar e deixou que essa renovação ocorresse. Quando voltou para casa, não levou ensinamentos, práticas ou respostas - apenas levou a si mesmo, totalmente renovado. Vocês (israelenses e palestinos, NT) não precisam de respostas de outras pessoas sobre como mudar suas relações pessoais e com o resto do mundo. Se vocês mudarem seus olhos e corações, não precisarão de mais nada. Não precisam de nenhuma prática ou estratégias. Encontrem o riacho, bebam da sua água, deitem-se e permitam que a água faça o resto.Como Seres Humanos, Somos Exatamente o Mesmo. Às vezes é mais fácil ficar com raiva do que expressar seu próprio sofrimento. Os israelenses pensam que não são árabes, mas são muito semelhantes aos árabes. São seres humanos. Eles não querem morrer, mas viver em segurança. Eles querem fraternidade, irmandade e paz. Estamos separados por nomes como "Budista","Cristão","Judeu", "Muçulmano". Quando ouvimos uma dessas palavras, vemos uma imagem e nos sentimos alienados, não nos sentimos conectados. Construímos muitas estruturas para estarmos separados uns dos outros e para fazermos sofrer uns aos outros. Por isso é importante descobrir o ser humano na outra pessoa, e ajudar a outra pessoa a descobrir o ser humano em nós. Como seres humanos, somos exatamente o mesmo. Se você tem muitas camadas de roupa sobre si mesmo, você evita que outras pessoas vejam você como um ser humano. Ser "Budista" pode ser uma desvantagem, por que se você carrega esse título pode ser um obstáculo e as pessoas podem não ser capazes ver o ser humano em você. Da mesma maneira se carregar a marca "Muçulmano", que pode fazer muitas pessoas se desviarem de você, pois elas estão tão agarradas a essas noções que não podem se reconhecer umas às outras como seres humanos. É uma pena. É por isso que o Mestre Lin Chi disse que você tem que queimar todos esses obstáculos, jogá-los fora e queimá-los. Esta é uma prática verdadeira - queimar tudo para que o ser humano seja revelado. Este é o trabalho da paz. Em 1963, eu estava sentado com alguns dos meus estudantes no campus da Universidade de Columbia em Nova Iorque. A manhã estava linda, o sol estava brilhando e estávamos conversando entre nós sobre a prática budista de remover conceitos. De repente, alguém passou, parou, olhou para mim por alguns segundos e me perguntou: "Você é budista?". Olhei para ele e disse "Não". Disse uma mentira? Espero que meus estudantes tenham me entendido naquele momento. Se eu tivesse dito "Sim, sou budista", ele poderia ser apanhado pela idéia do que um budista deva ser, e isso não vai ajudá-lo. Assim, "Não" foi de mais ajuda que um "Sim". Esta é a linguagem do Zen. Se você diz ou faz alguma coisa é para ajudar a desfazer os nós nas mentes das pessoas e não amarrá-las. É por isso que a linguagem que usamos deve ter como objetivo a libertação. Quando ouvimos os palestinos e todo o sofrimento pela qual passam, entendemos seu sofrimento por que sofremos também. Não queremos comparar nosso sofrimento com o deles, mas entendermos o sofrimento como uma realidade. Esta é a Primeira Nobre Verdade, "o sofrimento existe". É claro, queremos que o sofrimento acabe. Não queremos que eles sofram mais. E se alguém dissesse: "Estamos sofrendo. Fomos vítimas. Você ficará do nosso lado? Você estará comigo para se opôr a todos aqueles que criaram esse sofrimento?". Então seria muito difícil de responder. Você está com eles, compreende profundamente seu sofrimento, mas se pedem pra você se juntar a eles na luta pela destruição daqueles que acreditam ser seus inimigos, você reluta, você sabe que eles tentaram esse método por vários anos e não conseguiram. Eles não estavam sozinhos nesta luta - tiveram apoiadores tanto no país quanto no estrangeiro, mas essa corrente de ação - tentar destruir os chamados inimigos - não deu em nada e, de fato, não diminuiu o sofrimento, apenas o aumentou. Reluto em dizer que estou do seu lado, que eu apoio vocês de todo coração, que farei tudo o que vocês quiserem que eu faça. Não estou pronto pra escolher um lado assim. Eu perguntaria: "Sim, estou pronto pra ficar do seu lado, mas você está pronto pra ficar do meu? Sou um ser humano como você, você sabe qual o meu lado? É o de que o sofrimento deve parar. Concordo com você que algo tem que ser feito e deveria ter sido feito para parar o sofrimento. Mas eu não posso concordar com outras coisas da sua posição. Quero agir, quero ter solidariedade, mas não quero agir baseado na raiva, na violência e na discriminação. Se você ficar do meu lado, estarei com você cem por cento". Quando você apóia alguém, você traz consigo todo o seu ser nesse apoio. No seu ser está sua sabedoria e solidariedade. Sem essa sabedoria e solidariedade você não pode apoiar ninguém. Se eu ficar do seu lado, não vai significar que eu irei ajudar a construir uma cerca, destruir uma cidade ou levar uma bomba para explodir os passageiros. Apesar de estar com você no seu sofrimento e no seu desejo de acabar com o sofrimento, não posso estar com você nesse tipo de ação. Acredito que existem muitas maneiras de acabar com o sofrimento e ajudar os chamados inimigos a também acabar com o sofrimento deles. Para mim existe um caminho bastante claro. Se mantivermos os venenos do desespero, da raiva e da violência dentro de nós, continuaremos a sofrer, e qualquer ação que fizermos não beneficiará ninguém. Por isso, ir à montanha, deitar-se e deixar que a água da solidariedade transforme você e remova esses venenos é crucial. Não estou aqui na montanha para pedir aos deuses que se juntem a mim no combate aos meus inimigos. Estou aqui para permitir aos deuses que me ajudem a remover os venenos da violência, medo, desespero e raiva. Então eu sei que, quando eu voltar para casa como uma nova pessoa, poderei ajudar muitas outras pessoas, pois desta vez, estarei equipado com os elementos da compreensão, solidariedade, serenidade e solidez. Injustiça é sofrida pelos dois lados. Os palestinos têm sofrido muito. E quando os israelenses vêm e descrevem para nós o seu sofrimento, somos capazes de ver que também têm sofrido. Esse tipo de compreensão é crucial. Uma vez que a compreensão e a solidariedade tenham nascido em nosso coração, os venenos da raiva, discriminação, ódio e desespero serão transformados. Por isso é que a única resposta é remover o veneno e deixar que o insight e a solidariedade entrem. Então eles irão se descobrir uns aos outros como seres humanos e não ficarão desapontados com as aparências externas como "Budismo", "Islã", "Judaísmo", "Pró-americano", "Pró-árabe" etc. Este é o processo de libertação da nossa ignorância, idéias e noções e da nossa tendência a discriminar. Quando vejo você como um ser humano que sofre bastante, não terei coragem de atirar em você. Pedirei a você que venha trabalhar comigo para que tenhamos chance de vivermos juntos em paz. É uma pena - a Terra é tão bonita e existe ainda tanto espaço para todos - que continuemos a nos matar uns aos outros.